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Nosso comentário sobre a abertura da Safra da Tainha 2025: Bate boca entre disputas políticas e incertezas para o setor pesqueiro


A temporada da tainha em Santa Catarina, iniciada oficialmente nesta quinta-feira (1º), na Praia do Campeche, em Florianópolis, deveria ser um momento de celebração e união para a valorização de uma das atividades mais tradicionais da cultura catarinense. No entanto, o evento foi tomado por embates políticos que ofuscaram o foco no que realmente importa: a sobrevivência e a prosperidade da pesca artesanal.


O governador Jorginho Mello (PL) não poupou críticas ao governo federal, centrando-se especialmente nas cotas de pesca deste ano, consideradas insuficientes para atender à demanda do setor. A resposta veio de forma imediata e contundente pelo superintendente do Ministério da Pesca em Santa Catarina, Jean Ricardo, que acusou o governador de usar o momento para desviar responsabilidades e ignorar os investimentos federais realizados no estado. Embora o superintendente tenha defendido que as cotas foram estabelecidas com base em dados técnicos recentes, o debate deixou evidente o desconforto entre diferentes esferas de governo


Para agravar a situação, as discussões se tornaram palanque político, com acusações mútuas de oportunismo e até mesmo um bate-boca público entre o secretário estadual da Pesca, Tiago Frigo (PL), e o deputado estadual Marquito (PSOL).



Diante desse cenário de desentendimentos e vaidades políticas, a preocupação deste comentarista se volta ao impacto real para a safra deste ano. As comunidades pesqueiras, que dependem diretamente de decisões claras e eficientes, observam essas disputas com apreensão. O que deveria ser um momento de incentivo e valorização se transformou em um palco de disputas que não trazem soluções para os problemas enfrentados no dia a dia do setor.


A abertura da safra da tainha é mais do que um evento simbólico; é um marco para milhares de famílias que vivem da pesca e para a preservação de uma tradição essencial à cultura de Santa Catarina. O descontentamento é evidente: enquanto os debates se arrastam nos palanques e nas mesas de negociação, os pescadores seguem preocupados com a sustentabilidade de suas atividades e com o impacto das políticas adotadas.


Que os gestores, em todos os níveis, compreendam a urgência de ações efetivas e conversem com o setor pesqueiro para que possamos, ao final desta temporada, celebrar não apenas uma boa safra, mas também o fortalecimento da pesca artesanal como patrimônio cultural e econômico do estado.



 
 
 

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