No workshop “Avanços e Perspectivas no Combate à Pesca Ilegal na América Latina”
Foto de : Sonapesca
O workshop “Avanços e Perspectivas no Combate à Pesca Ilegal na América Latina” organizado pela Aliança Latino-Americana para a Pesca Sustentável e Segurança Alimentar (Alpescas) e o Conepe (Coletivo Nacional da Pesca e Aquicultura do Brasil) analisou, em São Paulo , a situação da pesca ilegal no continente .
Autoridades e representantes de organizações pesqueiras da Argentina, Chile e Brasil se reuniram em evento que constitui o primeiro marco da assinatura do “Acordo do Panamá” , no qual nove países membros da Alpescas assinaram o compromisso de contribuir para a erradicação da pesca ilegal na América Latina e reforçar o controlo das frotas estrangeiras que operam em águas adjacentes às suas jurisdições.
Neste sentido, as organizações responsáveis pela administração pesqueira destes países e da Alpescas concordam com a necessidade de ampliar uma “Rede de Intercâmbio de Informações e Experiências entre Países da América Latina e do Caribe para prevenir, desencorajar e eliminar a pesca IUU” . , cujo objetivo será unificar as informações e medidas que cada país toma para combater a pesca ilegal, no âmbito da sua legislação, e procurar soluções conjuntas para erradicar esta prática.
“É necessário redobrar esforços e continuar a solicitar às autoridades que desenvolvam ações que permitam erradicar a pesca ilegal”, afirmou Osciel Velásquez, presidente da Alpescas e Sonapesca.
Para Osciel Velásquez, presidente da Alpescas e da Sonapesca, “a pesca ilegal é um problema de que falamos há vários anos, mas que ainda não pode ser erradicado. Por esta razão, é necessário redobrar os nossos esforços e continuar a solicitar às autoridades que desenvolvam ações que nos permitam erradicar este problema, especialmente em áreas fora das águas jurisdicionais que causam danos consideráveis aos países costeiros”.
Nesse sentido, Velásquez valorizou os esforços para criar uma rede que apoie a erradicação da pesca ilegal e espera que mais países possam aderir à iniciativa. “Sabemos a importância da pesca como fonte de alimento, trabalho, comércio e bem-estar económico em todo o planeta, especialmente num mundo com constante crescimento populacional e um problema persistente de desnutrição, em que os mariscos se tornaram a solução para alcançar comida segura. Portanto, erradicar a pesca ilegal é uma tarefa que devemos assumir com profunda responsabilidade entre todos os setores.”
Por sua vez, Cadu Villaça, presidente do Conepe, expressou que, “a inovação, o uso de tecnologias somadas ao desenho e à boa execução de planos e estratégias de controle e vigilância por parte dos Estados são vitais para alcançar a erradicação da pesca ilegal, mas também deve haver vontade por parte do sector privado para desenvolver uma associação estratégica que permita o progresso do sector pesqueiro como um todo.”
A IMPORTÂNCIA DOS PADRÕES
Entidades latino-americanas reconheceram que a incorporação de padrões de sustentabilidade na produção de alimentos tem permitido avançar na modificação de artes de pesca para reduzir o impacto da pesca, na certificação da pesca e na recuperação de diversas espécies, além de trabalhar para reduzir o impacto ambiental, através de vários Acordos de Produção Limpa (CPA) e programas ambientais como Redes de América. Por outro lado, sublinharam a importância de realizar mais investigação para alcançar melhores padrões sustentáveis na pesca.
A FAO estima que a pesca ilegal, não declarada e não regulamentada (INN) é responsável pela perda de 11 a 26 milhões de toneladas de peixe anualmente, equivalente a um valor económico estimado de 10 a 23 mil milhões de dólares.
Fonte: https://industriaspesqueras.com
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