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"Embrulhar peixe ou enrolar o leitor?" Folha admite falha em reportagem; MAPA permanece omisso

Jornalismo ou ativismo? Folha revê conteúdo sobre cação após alerta de sua própria ouvidoria


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A jornalista Alexandra Moraes, ombudsman da Folha de S. Paulo, publicou neste domingo a nota intitulada "Embrulhar peixe ou enrolar o leitor?", em que reconhece as falhas do jornal ao republicar uma reportagem alarmista sobre o consumo de cação no Brasil.

Receita referente ao prato da imagem acima "CAÇÃO COM LEGUMES"

Rende 5 porções


Ingredientes


  • 3 colheres (sopa) de Azeite de Oliva

  • 2 cebolas pequenas cortadas em rodelas (200 g)

  • 5 postas pequenas de cação/tubarão (700 g)

  • 2 tomates médios, em rodelas (300 g)

  • 1 pimentão vermelho pequeno, cortado em rodelas (100 g)

  • 2 colheres (sopa) de Molho Shoyu

  • Meia xícara (chá) de leite de coco (100 ml)

  • 3 colheres (sopa) de manteiga sem sal

  • 4 xícaras (chá) de buquês de brócolis-ninja, cozido “al dente” (400 g)

  • 4 dentes de alho cortados em lâminas

  • 2 batatas médias cortadas em rodelas espessas, cozidas “al dente” (400 g)

  • 1 colher (sopa) de salsa picada


Modo de preparo


  1. Faça o peixe: em uma panela média, aqueça 2 colheres (sopa) do Azeite em fogo alto, junte a cebola e refogue por 3 minutos, ou até murchar. Acomode o cação, o tomate e o pimentão. , regue com o Molho Shoyu e o leite de coco, tampe e deixe cozinhar em fogo baixo por 15 minutos, ou até que o peixe esteja cozido.

  2. Enquanto isso, prepare os legumes: em uma frigideira grande, coloque 1 colher (sopa) da manteiga e o Azeite  restante, e leve ao fogo alto para aquecer. Junte o alho e frite por 2 minutos, ou até dourar. Acrescente os brócolis, misture delicadamente e retire do fogo.

  3. Na mesma frigideira, derreta a manteiga restante em fogo alto, adicione a batata, e refogue por 4 minutos, ou até dourar. Volte os brócolis à frigideira, misture e retire do fogo.

  4. Retire o peixe do fogo, polvilhe com a salsa e sirva em seguida, acompanhado dos brócolis e da batata.


O alerta sobre riscos à saúde e ao meio ambiente partiu de uma ONG e de um site abertamente ativista, cuja reportagem foi reproduzida pela Folha sem a devida checagem das fontes originais, sem ouvir os setores envolvidos e sem rigor técnico.


O erro, como apontou a própria ombudsman, não está em debater temas ambientais – o problema foi o jornal ter aberto espaço editorial a um conteúdo de viés militante, travestido de reportagem, sem oferecer ao leitor a segurança de que os dados foram verificados.


Como destacou Alexandra Moraes: "O site se descreve como uma agência de notícias sobre conservação e ciência ambiental sem fins lucrativos. O site publica o que bem entender, é claro, e tem sua própria linha editorial. O problema é quando a Folha se dispõe a reproduzir um conteúdo que borra as fronteiras entre jornalismo e ativismo."


Após críticas recebidas de entidades como ABIPESCA, PESCA BR e SINDIPI, que emitiram notas de repúdio, a Folha reconheceu a necessidade de apurar melhor as informações e corrigiu a matéria.


Link para matéria Folha de São Paulo


MAPA silencia diante de ataque à fiscalização sanitária


Causa desconforto e preocupação a ausência de um pronunciamento oficial do Ministério da Agricultura, Pecuária (MAPA), órgão diretamente atingido pela dúvida lançada sobre seus processos de fiscalização sanitária. O silêncio do MAPA diante de um ataque à credibilidade de seus sistemas de controle expõe não só o setor produtivo, mas principalmente o consumidor, que merece uma resposta clara das autoridades competentes.

Mais grave ainda é o precedente aberto: ao se calar sobre a fiscalização do cação, o Ministério fragiliza a confiança pública não apenas nesse produto, mas em toda a cadeia de alimentos de origem animal fiscalizados por seus técnicos. Carnes, pescados, laticínios e outros produtos passam a ser colocados sob suspeita, abrindo espaço para que novas ondas de desinformação atinjam outros setores da agroindústria nacional, deixando seus profissionais na berlinda sem o respaldo institucional que merecem.


Entretanto, o episódio serve de alerta: mesmo grandes veículos precisam reforçar critérios de isenção e checagem, sobretudo quando abrem espaço a grupos de pressão que possuem interesses próprios e abordagem parcial dos fatos.


O cargo de ombudsman é independente da redação e publica colunas periódicas apontando erros, deslizes e eventuais desvios do jornal, como foi o caso da nota "Embrulhar peixe ou enrolar o leitor?" escrita por Alexandra Moraes.


O jornalismo deve informar, não alarmar. A credibilidade se mantém no compromisso com a apuração rigorosa, e não na pressa de amplificar agendas de ativistas.



O consumo de cação no Brasil é seguro, regulamentado pelas autoridades sanitárias e ambientais, e segue padrões de controle rigorosos desde a captura até a comercialização. Trata-se de um produto saudável, rico em proteínas e nutrientes, amplamente utilizado na alimentação escolar e em programas de segurança alimentar. A desinformação prejudica o consumidor ao espalhar medo infundado sobre um alimento tradicional e de alta qualidade.

Na opinião


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