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SPNP - SETOR PESQUEIRO E NÁUTICO EM PAUTA - NOSSO ASSUNTO É MAR, NÁUTICA E PESCA!
Por Antônio Carlos Corrêa - CEO - Setor Pesqueiro e Náutico em Pauta
O Corona de carona...
Quanto custa pôr em quarentena quem chega ao país? E quanto custa a nossa economia parada? Alguém já fez essas contas?
Deixo aqui meu registro que não sou contra ao fechamento de nossas fronteiras a estrangeiros, pois temos que nos defender e preservar nossa população o melhor possível. O que gostaria que alguém me respondesse, e aqui replico a pergunta acima, pois tenho curiosidade em saber:
- Quanto custa pôr em quarentena todos os que chegam ao país, de aviões e navios?
- O valor a ser dispensado a quarentena é muito maior que os leitos de UTI`s que estamos preparando e disponibilizando para atender nossos pacientes?
- E quanto custa parar a economia de um estado federativo e até mesmo de um país?
Quero lembrá-los que muitos já precificaram o custo do impacto gerado pela pandemia no país, e também já estabeleceram o valor do “vaucher-corona” aprovado pelo nosso congresso e autoridades. Alguém dá mais...?!
Se bem me lembro, a impressa pressionou o governo para ir buscar os brasileiros que estavam na China, pois iriam ou já estavam contaminados pelo Corona-vírus, e bem por isso, os colocaram na base da Aeronáutica em Goiás. Todos aqueles vindos da China, em quarentena, com uma certa “mordomia” e bancados, pelo que sei, por todos nós. Tentando nos preservar de uma contaminação.
Tanto nas passagens realizadas pelos aviões da FAB - Força Aérea Brasileira, como nas estadias disponibilizadas pela Base Aérea da Aeronáutica, em Anápolis-GO. Um custo extremamente pequeno para razões e riscos potencialmente elevados.
Afinal, uma contaminação era o que ninguém desejava então.
Desta forma, continuo a perguntar:
- Depois de passar nosso isolamento domiciliar, as entradas pelos aeroportos e portos brasileiros continuarão a ser livres?
- Por que então não foram para os que vieram da China e ficaram em Anápolis-GO?
Quero crer que o portão de entrada do Corona-vírus, é e sempre foram os portos e aeroportos do país, pois pelo visto, “êle”, o vírus, só anda e viaja em “first class”.
Pergunto às autoridades:
- Assim que terminar o isolamento domiciliar não haveremos de ter a reincidência da pandemia se mantidas as portas abertas?
Tomo aqui a liberdade para relatar e fazer uma comparação. Aqui em Santa Catarina, somos um estado livre da febre aftosa sem vacinação para os bovinos e outros animais. Tal conquista se deu devido as barreiras sanitárias e a vigilância incansável e profissional dos agentes públicos da Epagri/Cidasc, junto aos acessos rodoviários do nosso estado. Com isto o estado foi o primeiro a conquistar o título de ser considerado, e, portanto, obter vantagens competitivas na exportação de carnes e derivados, isento de febre aftosa que afeta bovinos sem vacinação.
De maneira irônica sei, mas não menos responsável, questiono:
- No caso de bovinos pode-se fazer barreiras, mas no caso da vida de humanos não?
E continuo a perguntar:
- Quanto custa fazer a quarentena de pessoas que viajam de aviões ou navios? - E quanto custa parar a economia do estado e do país?
Tranquem-se as fronteiras (sei que nada é fácil fazer), barrem as pessoas que chegam ao país ou ao estado estabelecendo-lhes quarentena por 14 dias (como os que vieram da China), e assim poderemos continuar trabalhando, sem os riscos que esse vírus possa nos trazer.
Continuo a perguntar:
- Alguém poderá me informar quando essa pandemia irá terminar?
Faço tal questionamento porque, se já soubermos essa resposta, temos a solução de parte do problema, mas se não soubermos o pior estar por vir e haveremos de tomar outras medidas, diferentemente das que estamos tomando até o momento. Na Europa não acabou e só há a expansão do vírus, na Rússia, no Japão, nos países árabes, nos EUA o momento é dramático, desesperador. Só estou replicando o que a impressa nos traz.
E como ficaremos por aqui, todos em casa?
Sei que num determinado momento alguém terá que fazer algo de outra maneira, ou vamos continuar informando que zelemos por nossos “velhinhos”, pois são eles o grupo de risco e precisamos todos ficar isolados, em casa.
Francisco Carlos Gervásio
Administrador – 28mar20