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Por Antônio Carlos Corrêa - CEO - Setor Pesqueiro e Náutico em Pauta
Navio do Império Romano naufragado é encontrado quase intacto
O Departamento de Antiguidades do Chipre, ilha localizada no Mar Mediterrâneo, anunciou a descoberta de um naufrágio de uma embarcação do antigo Império Romano na costa do país. O barco foi encontrado cheio de ânforas, nome dado aos vasos utilizados para o transporte de mercadorias, que provavelmente estavam sendo comercializadas para as províncias romanas da Síria.
De acordo com as autoridades, esse é o primeiro naufrágio romano considerado em excelente estado encontrado na região: de acordo com os pesquisadores, o material encontrado está quase intacto até hoje. Espera-se que o estudo dê nova luz sobre a amplitude e a escala do comércio marítimo entre o Chipre e as províncias romanas do Mediterrâneo oriental.
Os destroços foram encontrados por Spyros Spyrou e Andreas Kritiotis, mergulhadores voluntários da equipe de pesquisa arqueológica subaquática do Laboratório de Pesquisas Arqueológicas Marítimas (MARELab) da Universidade do Chipre. O Departamento de Antiguidades agiu imediatamente após ter sido relatado, a fim de garantir os fundos necessários para cobrir o custo da investigação preliminar o mais rapidamente possível. O naufrágio ocorreu perto costa de Protaras, uma cidade turística conhecida por suas praias.
Em comunicado, o governo cipriota agradeceu aos voluntários e à sociedade civil pelo apoio no trabalho de investigar a embarcação. “Essa mobilização de autoridades e cidadãos em torno de um importante sítio arqueológico envia mensagens otimistas sobre a proteção do patrimônio cultural pela sociedade cipriota”.
Uma equipe de arqueólogos, estudantes e voluntários da MARELab, liderada pela Dra. Stella Demesticha, Professora Associada de Arqueologia Marítima, já está em Protaras. A equipe está trabalhando na documentação e proteção do site, em colaboração com o Dr. Dimitris Skarlatos, Professor Associado do Departamento de Engenharia Civil e Geoinformática, Universidade de Tecnologia do Chipre, e Eleni Loizides, Conservadora, no Departamento de Antiguidades.
Este projeto também marca um marco para a arqueologia cipriota, porque é a primeira vez que um projeto arqueológico submarino é totalmente financiado pelo Ministério dos Transportes, Comunicações e Obras.