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Preocupação com possível paralisação das atividades no Complexo Portuário de Itajaí



A possível paralisação das atividades no Complexo Portuário de Itajaí, devido à suspensão da dragagem do canal de acesso, levanta questões inquietantes sobre o futuro da operação e seus impactos na economia. A FIESC demonstra preocupação com a situação, mas a verdadeira questão que surge é: o que acontecerá se a empresa holandesa Van Oord, responsável pela dragagem, não retomar os trabalhos?


A suspensão da dragagem, motivada pela falta de pagamento dos R$ 35 milhões devidos, é um alerta vermelho para a gestão do porto. Com uma draga parada, a profundidade do canal de acesso pode diminuir rapidamente, comprometendo a entrada de navios e, consequentemente, a movimentação de cargas no complexo, que representa cerca de 11% das operações de contêineres do país. Se a dragagem não for retomada, o fluxo de comércio pode sofrer interrupções graves, afetando não apenas a região, mas também toda a cadeia logística e a economia nacional.


De acordo com o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, “a falta de pagamento que levou à suspensão da dragagem de manutenção traz perplexidade, já que é condição básica e obrigatória para a gestão do complexo portuário”. Sua declaração destaca a gravidade do problema, mas também suscita mais questionamentos: como essa "condição básica e obrigatória" foi negligenciada ao ponto de levar à suspensão de um serviço tão essencial?



A FIESC, ao manifestar sua preocupação e solicitar uma solução urgente junto às autoridades, expõe a gravidade da situação, mas pouco se discute sobre as possíveis consequências a longo prazo. Se a questão financeira não for resolvida, como se evitará um colapso na operação do porto? Quais serão os impactos sobre a competitividade do complexo de Itajaí, que já enfrenta dificuldades na transição de operações e falta de investimentos essenciais?


As perguntas não param por aí. Se a situação não for resolvida, como será garantida a navegabilidade do canal e a segurança das operações? Quais medidas serão adotadas para mitigar os danos econômicos e sociais, especialmente considerando a perda drástica na movimentação de contêineres, que já caiu de 537,2 mil TEUs para zero?


Desde o encerramento do contrato de arrendamento da APM Terminals em dezembro de 2022, a SPI tem lutado para manter o serviço de dragagem em dia, mas sem sucesso aparente. Com os repasses financeiros prometidos pelo governo federal e pela prefeitura, será suficiente para cobrir os custos futuros? Ou estamos apenas adiando o inevitável, enquanto problemas maiores se acumulam?


A situação exige mais do que soluções emergenciais; requer uma análise profunda das falhas na gestão e na estrutura de financiamento do porto. Se a empresa não retornar aos trabalhos, o que será feito para assegurar que o Complexo Portuário de Itajaí não se torne um símbolo de ineficiência e perda econômica? É um cenário que deve ser evitado a todo custo, mas que exige ações concretas e imediatas para garantir a sustentabilidade do porto e a continuidade das operações.



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