CBPA e Abraão Lincoln no centro de esquema bilionário: A fraude no INSS lesou aposentados e financiou corrupção!
- Setor Pesqueiro e Náutico
- 5 de mai.
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Reportagem baseada em informações do portal Metrópoles.

A Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA) está no epicentro de um esquema de fraude bilionário contra aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Sob a presidência de Abraão Lincoln, ex-dirigente do Republicanos, a entidade é investigada de operar esquema que resultou em um salto alarmante no número de filiados, alcançando mais de 445 mil associados em apenas dois anos. Com faturamento expressivo de R$ 123 milhões entre 2023 e o primeiro trimestre de 2024, a CBPA utilizou descontos sobre aposentadorias para consolidar sua arrecadação, levantando suspeitas de irregularidades.
Uma máquina de filiações questionáveis
De acordo com as investigações da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU), a CBPA, que não tinha associados em 2022, firmou um acordo com o INSS para realizar descontos sobre aposentadorias. O salto exponencial de filiados — de zero para 445 mil — e a falta de estrutura para atender esse contingente reforçam as acusações de fraude e filiações involuntárias. A entidade também enfrenta milhares de processos judiciais, sendo frequentemente condenada pela ausência de provas de que os aposentados consentiram em ser associados.
Conexões políticas e gastos controversos

Abraão Lincoln, que mantém vínculos estreitos com lideranças do Republicanos, inclusive com o presidente nacional da legenda, Marcos Pereira, é apontado como figura central no esquema. A investigação detalhou o pagamento de cifras milionárias a lobistas, incluindo agentes como o “Careca do INSS”, suspeitos de corromper dirigentes do órgão federal.
Em um caso emblemático, o ex-diretor de benefícios do INSS, André Fidelis, utilizou recursos da entidade para custear sua participação em um evento festivo, antes de ser demitido em julho de 2024.
Impactos e desdobramentos
A Operação Sem Desconto, resultou nas demissões do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e do então ministro da Previdência, Carlos Lupi. A operação revelou não apenas a atuação questionável da CBPA, mas também um aumento desenfreado na arrecadação de 29 entidades semelhantes, que juntas movimentaram R$ 2 bilhões em um ano.
A CGU e a PF continuam aprofundando as investigações, com foco na identificação de outras irregularidades e dos responsáveis pelo esquema. Enquanto isso, aposentados, muitos deles em situação de vulnerabilidade, permanecem como as principais vítimas dessa trama que combina corrupção, abuso de poder e desrespeito às leis.
Reportagem baseada em informações do portal Metrópoles.

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