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Carta de Belém propõe inclusão da pesca e aquicultura sustentáveis como prioridade climática na COP

Documento elaborado durante o IFC Amazônia 2025 ganha apoio global e será levado à conferência do clima da ONU


A Carta de Belém, documento estratégico nascido durante a segunda edição do IFC Amazônia – realizado de 23 a 25 de abril, em Belém do Pará, avança para o cenário internacional com um objetivo claro: transformar a pesca e a aquicultura em pilares da agenda climática global. O texto, que defende essas atividades como soluções de baixo carbono para a Amazônia, foi debatido em maio durante a Seafood Expo Global, em Barcelona, em reunião entre o Ministério da Pesca e Aquicultura do Brasil, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e organizadores do IFC Amazônia.


Da Amazônia para o mundo

Assinada por mais de 30 entidades durante o maior evento de pescados da região amazônica, a Carta de Belém ganhou reforço internacional após o encontro em Barcelona. Na ocasião, o diretor de Pesca e Aquicultura da FAO, Manoel Barange, o ministro André de Paula e o presidente do IFC Brasil, Altemir Gregolin, definiram uma estratégia conjunta para incluir a produção de alimentos aquáticos como tema central na COP30, que Belém sediará em novembro de 2025.

“A produção de pescado é uma atividade de baixo carbono, tem baixas emissões de gases de efeito estufa. Na Amazônia, é possível gerar alimento saudável, preservar a floresta e movimentar a economia”, destacou Gregolin, reforçando o argumento científico que embasa o documento.


O que propõe a Carta de Belém?

O texto defende:

1. Inclusão da pesca e aquicultura no Fundo Clima para acesso a financiamento verde;

2. Criação da marca “Pescado da Amazônia”, com certificação socioambiental;

3. Titulação de áreas de pesca tradicional para combater grilagens e garantir direitos a comunidades;

4. Equidade de gênero em políticas de crédito e capacitação para mulheres do setor.


Engajamento além-fronteiras

O movimento ganhou aliados de peso. Gregolin revelou conversas com Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura e representante do agronegócio nas articulações da COP30, para ampliar o apoio à causa. “A proteína aquática é a mais produzida e comercializada no mundo. Sua relação com o clima é direta e precisa estar no centro dos debates”, argumentou Gregolin.


Próximos passos

A Carta de Belém será oficialmente entregue aos organizadores da COP30 nos próximos meses, mas já mobiliza setores-chave. Para a FAO, a iniciativa alinha-se aos esforços globais de combate à fome e às mudanças climáticas. “A pesca sustentável é um dos caminhos mais eficazes para segurança alimentar sem pressionar os ecossistemas”, afirmou Barange.

Enquanto isso, Belém se consolida como palco de inovação socioambiental. Após receber 6.600 participantes no IFC Amazônia e articular propostas que conectam floresta, rios e economia, a cidade prepara-se para mostrar ao mundo que o futuro do clima também se escreve com redes, tanques e políticas que valorizem quem vive da água.


 
 
 

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